terça-feira, 14 de setembro de 2010

Capítulo 4

Glast Heim

 Os portões da capital eram enormes, Thanatos que havia nascido em uma vila à oeste de Glast Heim e nunca havia visto coisa tão grande, ao contrario dele, Érebo se sentia em casa. Maeros olhava tudo e queria saber de tudo, o espadachim se sentia meio deslocado naquele local.

— Primeiro vamos comer alguma coisa, depois vou levar vocês para conhecer a praça central, depois o castelo, depois a abadia... Nossa quanta coisa para fazer, tenho que vender as garras de grifo, comprar uma espada melhor pro Thanatos, uma adaga para a Maeros, comprar algumas frutas também... – Érebo estava tão animado e tão perdido em seus próprios pensamentos que não percebe que o grupo se separa.

— Olha Thanatos, uma Tsurugi mineral, parece uma boa espada pra você... Thanatos? Thanatos cadê você?... Maeros?... Alguém? – Érebo estava sozinho.
__________________________________________________________________________

— Moço quanto é essa adaga? – Indaga a pequena gatuna para um ferreiro parado na calçada mostrando seus itens a venda.

— 300000 zenys garota, é uma adaga da boa ventura, adaga muito rara.

Maeros vasculha os bolsos.

— Eu tenho 4 maçãs e 500 zenys, serve?

— Garota... Vai procurar a sua mãe, aqui não é lugar pra você!

— Não sabe fazer negócio... Seu enjoado! Essa adaga vai apodreçer aí também! – Maeros sai saltitando para o próximo mercador, em poucos minutos ela já havia importunado muitos deles.
__________________________________________________________________________

Thanatos passeava pela praça central onde havia muitas pessoas e aventureiros, podia-se ver todas as classes existentes no mundo ali naquele lugar, de um reles aprendiz até o imponente cavaleiro. Passando por ali, o espadachim escuta o grito de uma mulher e corre para ver o que é.

— Está tudo bem?

— Eu estou, mas acabaram de roubar a minha bolsa.

Thanatos olha para os lados e vê um garoto correndo desesperadamente dali com uma bolsa na mão. O espadachim corre até ele e depois de muitos dribles e canseira, ele consegue agarrar o garoto.

— Por favor, não, eu só peguei porque eu precisava de dinheiro, eu estou com fome!

— Isso não é motivo para roubar... Vamos fazer o seguinte, vamos voltar até aquela mulher, você vai devolver a bolsa pra ela e pedir desculpas.

— Tudo bem...

Thanatos leva o garoto até a mulher ela agradece o espadachim, e meio desconfiada perdoa o garoto.

— Viu? Não precisa roubar para comer. Vem, eu compra alguma coisa pra você.

Os dois saem dali e procuram um lugar para comer, Thanatos para em frente uma banca de frutas e compra algumas para o garoto, os dois ficam ali por algum tempo até que alguns homens fardados aparecem na frente dos dois.

— É esse o garoto, senhora? O que te roubou? – disse o homem fardado.

— Sim é ele o ladrão! E aquele deve ser o mandante dele! – falou a moça que Thanatos havia ajudado a recuperar a bolsa.

— Deve haver algum engano aqui, ele já devolveu a bolsa, ela já o perdoou, já está tudo certo... – disse o espadachim com um sorriso amável no rosto.

— Prendam os dois! Para a masmorra! Por roubo!
__________________________________________________________________________

Érebo procura desesperadamente por Thanatos e por Maeros, a cidade era grande e os dois inexperientes, era muito fácil se perder ou arranjar problemas. No meio de sua procura, o mercador percebe um alvoroço no ponto de vendas dos mercadores, ele rapidamente vai lá para saber o que esta acontecendo.

— Amigo... O que está acontecendo aqui?

— Parece que uma gatuna estava importunando os mercadores, e eles parecem bem nervosos...

"Por favor... que não seja Maeros" pensou consigo Érebo.

— Vocês são muito ruins de negócio, ninguém quer vender nada para mim... quer saber? Não quero comprar mais nada... – Disse Maeros se virando e empinando o nariz.

— Me deixa dar uns sopapos... Só uns tapas nela... – Disse um ferreiro com uma cara de poucos amigos.

— Eu é que vou dar uma lição nela primeiro. – disse outro mercador.

Érebo já ia entrar no meio da bagunça para tentar salvar Maeros quando outro alvoroço na praça chama atenção de todos ali presentes.

A multidão gritava para os dois que passavam em direção ao castelo, chamavam os dois de ladrão e jogavam frutas podres neles.

"Thanatos também?" – Foi o que Érebo pensou quando viu a figura do espadachim.