domingo, 12 de setembro de 2010

Capitulo 3

O maior espadachim do mundo

 Os três aventureiros continuavam a sua jornada rumo a... lugar nenhum! Porque não haviam definido um objetivo ainda.

— Bem... para onde a gente vai? – Disse Érebo a Thanatos.

— Falou comigo? – disse o espadachim que estava distraído olhando Maeros lutando com um monstro.

— Sim to falando com você oras... Você é o líder do grupo não é?

— Sou?

— Claro! Você é o mais forte de nós!

— Só porque eu sou mais forte eu tenho que ser o líder?

— Creio que sim...

— Se usarmos essa lógica, os monstros deveriam ser os mandantes do mundo. Não acha? Eles são mais fortes que a gente... E o mundo não passa de um grupo composto por todas as pessoas e seres vivos nele existentes.

— Mas nós somos mais inteligentes e desenvolvidos que eles! – retrucou o Mercador.

— Então o líder do grupo deveria ser o mais inteligente. Não concorda?

— Concordo, e se você conseguiu formular essa teoria tão depressa, é porque você é mais inteligente que eu!

A conversa é interrompida quando eles envolvem o som dos passos de Maeros correndo em direção a eles com uma coisa gosmenta na mão.

— Olha um muco pegajoso! É meu! Eu que matei o monstro!

Os dois se entreolham.

— Certamente também é mais inteligente que ela! Portanto você deveria ser o líder. – conclui Érebo.

— ...Tem razão, eu serei o líder então – Fala o agora líder do grupo com uma cara de nojo enquanto Maeros quase esfrega o muco nele.

A calmaria do lugar em que eles estavam dá lugar a um alvoroço sem fim, novatos gritavam a alguns metros adiante, enquanto vários outros monstros fugiam desesperadamente dali. O espadachim (como sempre) corre em direção aos pedidos de ajuda, junto com ele vão seus dois parceiros.

A cena era chocante, dezenas de novatos caídos, mercadores, arqueiros, magos... todos no chão. Por ali voava uma criatura alada, corpo de leão, imensas asas, e cabeça de águia.

— UM GRIFO! – gritou o mercador desesperado.

— Legal! Chance de fugir? Zero! – Maeros olha com olhar de repreensão para Érebo, que se sente meio envergonhado por ter perdido a calma.

— Não brigue com ele Maeros... Nós não iríamos fugir mesmo. – Thanatos diz isso e desembainha sua espada.

A criatura ouve o grito de do mercador e se vira para o grupo, o seu bater de asas era tão forte que levantava poeira e jogava para longe qualquer coisa mais leve que uma pessoa.

— Deixa ele comigo! – grita Maeros e corre em direção a criatura

O grifo não perdoa e avança com tudo em cima da jovem gatuna. Ela morreria naquela hora, não fosse alguém ter parado o ataque do grifo antes que esse chegasse em Maeros.

— Meus amigos não... Daqui você não passa...

Thanatos parou o ataque certeiro e mortal do grifo com sua espada, os dois agora estavam em uma luta de forças, o grifo com seus mais de 6 metros de diâmetro, crava as quatro patas de leão no chão para empurrar o espadachim que fazia uma força sobre-humana pra contê-lo.

— Maeros... Vai... Vai agora...

— M-mas eu quero ajudar...

— Vai agora... porfavor...

A gatuna entende que só estava atrapalhando e recua para longe.

No meio da disputa de poder entre os dois, Thanatos escuta alguma coisa se aproximando.

— Eu vou te ajudar! Espere!

Era Érebo que vinha correndo todo desengonçado com uma marreta que parecia mais pesada que ele próprio.

— Não, Érebos!

Tarde demais, o grifo apenas levanta vôo deixando o espadachim sozinho. O alvo da besta havia mudado, ele sobe alguns metros e mergulha em um rasante para acertar o mercador.

— Não! Pare! - Depois de gritar, Érebo apenas se abaixa esperando receber em cheio o golpe do grifo.

O mercador espera em vão, nada acontece, ele então se levanta para ver o que havia acontecido. A cena que se via era surreal, Thanatos estava ajoelhado segurando sua espada sobre a cabeça bloqueando o ataque do grifo.

— Não... Toque... Neles!

Depois de bradar isso, o espadachim se levanta já nervoso e avança ferozmente contra a criatura, a batalha foi sangrenta, as garras afiadas do grifo cortavam como navalha a pele e a carne de Thanatos, mas ele nem pestanejava, continuava a atacar o grifo de todas as formas possíveis, até que um deles caiu...

Thanatos cai por terra, exausto, acabado, um caco, cheio de ferimentos e ofegante. O grifo? Estava caído no chão, não se mexia, nem poderia, estava morto.

— Thanatos é o vencedor! Ele é o maior! O maior guerreiro do mundo!

Maeros corre até o espadachim que estava jogado no chão, mas ela nem percebe os machucados, nem a gravidade dos ferimentos, abraça ele, e enche-o de beijos.

— Estamos vivos! – Érebo corre até Maeros e os dois começam a dançar e rodar em volta de Thanatos.

— Eu... estou... morrendo... será que... ninguém percebeu? – diz ofegante o espadachim que parecia um trapo humano.

A comemoração da vitória é interrompida quando algumas pessoas chegam correndo até eles.

— Onde esta o monstro? – Diz um homem com uma armadura reluzente em uma montaria.

— Está ali! – Maeros aponta para a carcaça da criatura.

Érebo mais que depressa correu até o grifo para ver se podia pegar algo de valioso.

— M-Mas como? Quem derrotou o grifo? – disse abismado o cavaleiro.

— Foi o Thanatos! Ele é o maior espadachim do mundo! – Maeros abre seu sorrisão.

— Um espadachim venceu um grifo? Impossível! Pra matar um grifo precisamos de no mínimo dois cavaleiros! Um espadachim não pode derrotar um grifo sózinho! Cadê esse tal Thanatos?

Maeros aponta para Thanatos que continua ofegante no chão.

O cavaleiro vai até onde o espadachim estava caído, vê a gravidade dos ferimentos e chama um de seus colegas.

— Foi uma sorte termos um sacerdote no grupo rapaz, você estaria morto agora se não fosse ele... Mas... Me conta... Você derrotou o Grifo sozinho?

— Sim... Seria mais fácil se os dois não tivessem me atrapalhado... Eu tinha que ficar protegendo eles toda hora, mas eu não os culpo, eles queriam ajudar.

O cavaleiro não consegue esconder a surpresa, derrotar um grifo sozinho já era uma façanha de mestre. Agora... Derrotar um grifo, sozinho, e ainda ter que proteger duas pessoas! Esse rapaz era um prodígio!

— Olha meu jovem, eu fiquei muito surpreso com você. Vá o quanto antes para Glast Heim, fale com os cavaleiros de lá, eu vou avisá-los da sua chegada.

Depois de conversar com Thanatos o cavaleiro e seu grupo partem em direção a Glast Heim, a cidade capital.

— Então vamos para Glast Heim! Você vai falar com os cavaleiros; eu venderei minhas coisas e comprarei algumas também; e Maeros vai... Maeros vai... vai... - O mercador tenta pensar em alguma coisa.

— Eu vou...? vou fazer o que? – Olhando fixamente para Érebo.

— Vai junto porque nosso grupo não se separa – Disse Thanatos se levantando e sacudindo a poeira.

— Nós vamos para a capital! Eu vou comer no restaurante, vou no cabeleireiro...– diz Maeros enquanto saltita ao lado dos dois companheiros de viajem